segunda-feira, 19 de maio de 2008

Um Ano Para Não Esquecer

No documentário da Globo News sobre 1968, Todd Gitlin, professor de jornalismo e sociologia na Universidade de Columbia, diz que é um erro lembrar 1968 como sendo apenas uma época mágica. É certo que o ano foi carregado de acontecimentos badalados, mas que afetaram a sociedade da época tanto positivamente como negativamente.

No lado positivo temos os movimentos que eram contra a segregação racial, liderados por Martin Luther King, e contra a discriminação das mulheres. Sem contar os levantes estudantis contra a ditadura, no Brasil, e os governos autoritários, no resto do mundo.

Já no lado negativo temos o uso desenfreado das drogas, escapismo utilizado pelos jovens para "abrir a mente", e a banalização do sexo, que ocasionou anos mais tarde um aumento expressivo nos casos de AIDS.

Outros acontecimentos também foram de grande importância para a composição de 1968. A Guerra do Vietnã, a corrida presidencial do senador McCarthy, os assassinatos de Robert Kennedy e Martin Luther King, a eleição de Richard Nixon, entre outros, contribuíram para a essência de contestação característica daquele ano.

Passados 40 anos, o ano dos desejos utópicos ainda reverbera na mente dos revolucionários. Embora muitas das premissas políticas tenham sido esquecidas, e ideais abandonados, algumas das heranças daquela época estão vivas e ativas na sociedade hoje. Grandes avanços quanto à discriminação de negros e mulheres não deixam que aquele ano seja esquecido e nem que as revoluções culturais morram.

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