domingo, 18 de maio de 2008

O papel do jornalista na formação de opinião


Olá futuros leitores (eu espero...),

vou começar postando um texto bem legal que eu fiz na aula, sobre a responsabilidade do jornalista na hora de publicar seus textos ( bem sugestivo!). Espero que gostem.


O papel do jornalista na formação de opinião


O sensacionalismo tomou conta do país. Os meios de comunicação, que deveriam informar os fatos, optam por enfoques cada vez mais parciais. Manchetes bombásticas aparecem nos jornais a todo tempo, para depois serem desmentidas. Mas o que deveria fazer o público olhar a imprensa com olhos críticos não surte efeito. A maioria prefere se deixar levar pela corrente.

Neste contexto estão inseridas a ética e a responsabilidade jornalística. Fundamentais para o exercício da profissão, não estão sendo consideradas na hora de conseguir as matérias. É uma pena que o principal objetivo da imprensa hoje não seja informar, mas conseguir um furo de reportagem. No fim, é tudo uma questão de audiência.

Felizmente, o sensacionalismo não é uma epidemia generalizada. Ainda existem muitos profissionais, em revistas, jornais e até na televisão, que não foram seduzidos por este mal. Já outros preferem, na busca pelo reconhecimento, levar os fatos aos limites da ficção. Foi isso que aconteceu com Stephen Glass.

Ele era um jovem jornalista que escrevia para a revista "The New Republic", uma das mais influentes no cenário político norte-americano. Suas reportagens eram fascinantes, com situações cômicas e personagens incríveis. Alguns de seus colegas de trabalho chegavam a se perguntar onde ele encontrava tais pessoas.

Somando-se isso ao fato dele ser um ótico escritor e um grande manipulador, o sucesso parecia ser inevitável. Porém descobriu-se que suas reportagens não passavam de ficção. Adam Penemberg, da revista online Forbes, desvendou uma trama de fontes inexistentes e personagens inventados no artigo mais importante de Glass: "Hackers Heaven". A partir daí ele começou a ser investigado pelo editor Chuck Lane, que descobriu que aquela não era a única reportagem mentirosa publicada pela revista. Havia muitas outras.

Esta é uma história real e também enredo do filme " O preço de uma verdade". Por meio dela podemos analisar o papel do jornalista na concepção da notícia. De acordo com a ética jornalística seria impensável que uma história ficcional fosse publicada como sendo verídica. Mas já vimos que não é bem assim.

Quanto à responsabilidade, é dever do jornalista se responsabilizar pelo que escreve perante o leitor e perante o veículo que publica suas matérias, no caso de Glass a revista "The New Republic". Checar as histórias antes de passar adiante é fundamental, para que não se repitam casos como o da Escola Base, em que professores foram acusados de abusar sexualmente de crianças, e que no final ficou sem solução já que nenhuma prova foi encontrada.

Atualmente, as pessoas são influenciadas, seja pela mídia, ou por figuras de poder; com certa frequência. O jornalista dentro dessa esfera tem o poder, portanto, de manipular essas massas de acordo com o que escreve. Por isso é importante que ele tenha consciência desse poder e o use da maneira correta, deixando o povo tirar suas próprias conclusões.

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